HELENA DOS SANTOS
entrevista concedida a Carlos Eduardo F.Bittencourt para o
Grupo Um Milhão de Amigos

04.11.1999




Helena dos Santos foi a primeira compositora a ter músicas gravadas por Roberto Carlos,
a grande maioria durante a Jovem Guarda.
Ela nos concede essa entrevista e vocês vão ficar sabendo
um pouco mais dessa mulher que é uma verdadeira liçao de vida.

* Helena, fale um pouco sobre sua vida e de quando começou a fazer música.
"HS" – Muito cedo eu perdi minha mãe e meu pai e também muito cedo fiquei viúva, com filhos pequenos. Meu marido era funcionário da prefeitura e o dinheiro que ele me deixou de pensão não dava para sustentar a minha família. Então eu passei a costurar para fora. Só que fiquei doente e as coisas começaram a piorar, porque eu também morava na casa dos outros, não tinha residência fixa. Como sou evangélica e acredito muito em Deus, comecei a pedir a Ele que me indicasse um trabalho para que eu pudesse ganhar algum dinheiro para sustentar meus filhos. Naquela época eu não tinha nada, só Deus dizendo para fazer música. Eu me assustei porque não tinha nenhum conhecimento de música e não tinha contato com ninguém do meio, apesar de o meu marido ter sido compositor de uma escola de samba em Cabo Frio e de também de ter feito hinos evangélicos.

* Como foi essa mensagem?
"HS" – Fiquei assustada, porque um compositor tem que estudar, conhecer ritmo, aprender algum instrumento, e eu não sabia nada disso. Mas me empolguei, porque uma vizinha disse que compositor ganhava muito dinheiro, e era isso o que eu queria. Fiquei esperando que viesse a inspiração. Um dia, quando cheguei em casa, fiquei muito abalada porque minha filha estava passando mal, não tinha comido nada e estava com o estômago cheio d’água. Comecei ali a lavar a sério a história de fazer música.

* Como você começou a compor?
"HS" – Voltei a pedir a Deus uma inspiração, um caminho, e fiz uma música que queria dar para a Dolores Duran gravar. Um dia a encontrei na Casa Toledo, em Copacabana. Mesmo sem a conhecer falei que tinha feito um samba que gostaria de mostrar a ela, e ela marcou um encontro comigo na Rádio Nacional. Só que antes do nosso encontro a Dolores morreu. Comecei a fazer hinos para clubes de futebol, participei de um concurso que estava escolhendo o hino para Brasília, que estava sendo construída, e também fiz vários boleros, que eram grandes sucessos da época.

* Como você conheceu Roberto Carlos?
"HS" – Um dia eu estava na cozinha e ouvi o Sérgio Murilo cantando “Marcianita” e logo me veio à cabeça a música “Na lua não há”. Eu sabia que precisava tirar a melodia e como não tinha conhecimento nenhum sempre procurava um maestro amigo meu, Schettino, para me ajudar. Ele ficou impressionado porque a melodia era diferente, ficava repetindo uma nota só, e me disse que isso poderia ser sucesso. O maestro falou que estava surgindo um movimento de rock com melodias parecidas com aquela. Fiquei com essa música pronta durante três anos, procurando alguém para gravá-la, só que não conhecia nenhum daqueles roqueiros, pois eu gostava mesmo e só ouvia os cantores antigos, como Vicente Celestino e Cauby Peixoto. Eu ia muito à Rádio Nacional, que não dava muita oportunidade aos roqueiros, mas a partir daí passei a freqüentar a Rádio Globo, que era onde eles se apresentavam, principalmente no programa do Luiz de Carvalho. Foi lá que conheci Roberto Carlos.

* Como foi esse primeiro contato?
"HS" – A única coisa que eu sabia da carreira dele é que ele tinha gravado “Malena”, mas eu soube que ele estava procurando músicas para gravar um LP. Um dia resolvi procurá-lo na Globo, só que, como não o conhecia, pedi a uma menina que estava no estúdio que me mostrasse quem era ele. De repente vi um rapazinho conversando com o Luiz de Carvalho. Era o Roberto Carlos. Fiquei impressionada porque ele era muito jovem. Esperei que saísse do estúdio, me apresentei, e ele foi muito atencioso. Eu disse que tinha uma músicas para ele gravar e mostrei “Na lua não há”. Ele gostou, porque achou que era diferente das canções da época. Anotou o meu nome e meu telefone de contato e prometeu que iria colocar a música no LP, o que acabou acontecendo.

* Você tem mais detalhes desse encontro?
"HS" – Foi muito agradável. Ficamos quase uma hora conversando e contei toda a minha vida a ele. O engraçado é que Roberto Carlos me perguntou se eu era de Cachoeiro, pois disse que já me conhecia. Mas eu nunca tinha ido a Cachoeiro. Eu nasci em Minas Gerais e depois vim para o Rio. Tempos depois eu soube pela dona Laura que eu era parecida com uma babá dele.

* Você já percebia um grande sucesso na carreira dele?
"HS" – Eu sempre disse isso a ele. Eu quero lançar um livro que conta toda a minha vida e que tem uma boa parte dedicada a ele. Eu me lembro que numa tarde, quando ele estava se preparando para ir a um programa de televisão, eu lhe disse que um dia ele iria ser o maior cantor do Brasil. Ele até brincou comigo e perguntou se eu não estava achando muita pretensão mas que se isso acontecesse eu iria ser a sua maior amiga.

* Com o sucesso de “Na lua não há” você passou a ser respeitada no meio artístico?
"HS" – Passei a ter um certo reconhecimento por isso mas só fazia músicas para o Roberto Carlos, porque ele não gostava que eu fizesse músicas para outros cantores. Nem sabia o que era rock antes, mas a partir daí passei a fazer apenas música jovem.

* Com seu sucesso como compositora você abandonou a costura?
"HS" – Eu deixei a costura, mesmo não tendo nenhuma noção do que poderia acontecer na carreira de compositora. Eu não nasci para ser rica, queria apenas ter um dinheirinho para sustentar minha família e pagar as minhas contas. Enquanto Roberto gravava as minhas músicas eu consegui ajeitar um pouco a minha vida, mas agora as coisas estão muito difíceis, por isso eu rezo par que ele volte a gravar uma música minha.

* Ele tem músicas suas?
"HS" – Tem várias, porque eu nunca mandava uma música só para ele gravar. Sempre entregava mais de uma. Então ele ainda deve ter muita coisa minha. “Recordações” foi assim. Eu e o Édson Ribeiro mandamos essa música para o Roberto Carlos em 1972, junto com “Agora eu sei” e muitas outras. Quando ele lançou o disco de 1982 eu nem me lembrava mais da canção.

* Roberto foi uma grande ajuda na sua vida?
"HS" – Muita, muita mesmo, e ele nem sabe disso. Quando fiz um pedido a Deus para me mostrar uma maneira de sustentar a minha família já estava determinado que seria Roberto Carlos quem me ajudaria nessa vida. Eu me recordo que em 64 a válvula do meu fogão quebrou e eu estava sem dinheiro para compra uma nova. Liguei para Roberto e ele me ajudou.

* Que música deu mais trabalho para compor?
"HS" – Foi “Do outro lado da cidade” porque ela foi uma sugestão do Roberto Carlos. Um dia ele retornou do Japão onde estava gravando “O diamante cor-de-rosa” e eu recebi um chamado da dona Laura para procurá-lo no hotel. Tinha que ser naquele dia porque à noite ele retornaria ao Japão. Quando cheguei na porta do hotel foi uma loucura, pois estava cheio de repórteres e de fãs. Consegui entrar e conversei com ele. Roberto disse que tinha feito uma música e que estava precisando de uma letra e me deu até o tema, que era do outro lado da cidade. Ele me falou que não precisava pensar em rima e queria uma letra como se fosse uma carta para a pessoa amada, que estava do outro lado da cidade. Só que essa pessoa não sabia que eu estava do lado de cá procurando por ela. Essa era a ideia.

* Você diria que essa música tem a parceria do Roberto Carlos?
"HS" – Eu só fiz a letra, a melodia é dele, mas não sei porque ele só colocou o meu nome. Aliás, até sei. Foi para me ajudar.

* Existem outras histórias parecidas com essa?
"HS" – No ano seguinte eu fiz uma música para ele gravar, só que ele não gostou. Então ele disse para que eu não ficasse preocupada. Quando o disco saiu veio uma parceria minha com o Édson Ribeiro em “O astronauta”. Eu levei um susto porque nunca havia me passado pela cabeça fazer uma música com esse tema. Imagine se naquela época eu ia saber o que era nave espacial e espaço sideral. Hoje tenho conhecimento mas naquela época... Roberto faz dessas coisas para ajudar quando ele gosta de alguém.

* Como era o seu relacionamento o pessoal da gravadora CBS?
"HS" – O melhor possível, mas uma vez eu levei uma tremenda bronca do seu Evandro Ribeiro que era o diretor da CBS. Roberto e eu fomos a uma editora registrar nossas músicas. Quando chegamos lá ele editou “Namoradinha de um amigo meu” pela editora da CBS e eu editei “Esperando você” por uma outra editora. Seu Evandro não gostou, me deu uma bronca e eu chorei muito. Roberto ficou no corredor me consolando. Eu andava muito com ele naquela época, o pessoal até brincava dizendo que eu vivia debaixo do braço dele.

* Conte um pouco mais dessa amizade.
"HS" – Eu me lembro que estava esperando o meu filho caçula, André Felipe, quando Roberto me chamou para ouvir a música que ele tinha acabado de fazer mas que estava achando meio estranha. Graças a Deus eu sempre tive esse privilégio de ouvir as músicas logo que ele acabava de compor. Era “Quero que vá tudo pro inferno”. Eu fui à casa dele e ele a cantou tocando violão. Eu me encostei no braço dele e fiquei ouvindo. Os amigos dele não gostaram muito, ficaram com ciúmes. Roberto pediu a minha opinião, estava com certo medo de lançar a música porque mandava tudo pro inferno.Eu perguntei: Que cara teve a ideia dessa música? Ele, zangado comigo, perguntou se precisava ideia de algum “cara” para fazer musica.

* Você acha que essa música foi a que solidificou a carreira do Roberto?
"HS" – Também teve “Detalhes”, que faz sucesso até hoje, mas “Quero que vá tudo pro inferno” foi muito importante no início da carreira dele.

* De todas as músicas que você fez, qual a que gosta mais?
"HS" – Eu gosto de todas, mas “Nem mesmo você” é a minha preferida. Eu gostaria muito que Roberto a regravasse. Só tem uma música que até hoje não consigo guardar na minha cabeça, que é “Como é bom saber”.

* Alguma música tem uma história bem curiosa?
"HS" – Que eu me lembre, “Sorrindo para mim” tem uma história bem curiosa. Eu estava grávida. Roberto me ligou, no dia 25 de setembro de 1965, porque eu tinha lhe mandado a música “Sorrindo para mim” já tinha muito tempo, mas ele tinha perdido a fita e me ligou pedindo que fosse à CBS porque ele não sabia a canção. Eu disse que seria impossível ir até lá porque meu filho estava para nascer a qualquer momento. Ele me ofereceu até o carro e eu perguntei o que ele faria se o neném nascesse dentro do carro. A solução encontrada foi cantar pelo telefone. O engraçado é que ele estava do outro lado da linha com o violão, tentando tirar os acordes, e insistia para que eu cantasse dentro do ritmo em que ele estava tocando. Só que eu não conseguia ouvir o violão pelo telefone.

* Essa histórias são ótimas!
"HS" – Uma outra história curiosa que posso contar é de quanto fui até o hotel e encontrei com o Roberto, Nice e Ana Paula. Eles iriam voltar para São Paulo, e a Nice estava arrumando as malas. Aí a Nice falou: “Roberto, que falta de educação! A Helena está aí todo esse tempo e você nem ofereceu um café!” Aí Roberto falou: “Onde ela vai enfiar o café se desde que chegou não pára de falar?” Aí eu comentei com a Nice: Isso é que dá dar confiança à criança! Nós tivemos momentos muito bonitos.

* Qual a música sua de maior sucesso na voz de Roberto Carlos?
"HS" – Todas fizeram sucesso, mas “Na lua não há” é ainda hoje a que mais rende em direitos autorais.

* Das músicas de Roberto Carlos, qual a sua preferida?
"HS" – “Jesus Cristo” e “Como é grande o meu amor por você” são as preferidas, mas “Emoções” também é muito bonita. Acho que ele se inspirou um pouco em “Sorrindo para mim” quando compôs essa canção.

* Como assim?
"HS" – Quando estive com ele no show “Emoções”, no Canecão, perguntei se a frase “você me ver chorar sorrindo” tinha sido inspirada em “Sorrindo para mim”. Acho que ele gostou dessa frase da minha música e colocou na dele. Foi nesse dia, no camarim do Canecão, que ele me contou que iria gravar “Recordações”. Mesmo ficando dez anos sem participar dos seus discos, eu esperava que um dia ele fosse gravar alguma coisa minha, mas a gente fica sempre naquela expectativa, sem saber se a música vai mesmo ser gravada.

* Quando você teve certeza de que “Recordações” estava no disco de 1982?
"HS" – Foi minha cunhada quem me contou que tinha ouvido. Eu nem me lembrava mais da canção.

* Você tem mandado músicas para Roberto Carlos?
"HS" – Não, há muito tempo que eu não faço músicas, mas ele ainda tem muita coisa minha para gravar. Bem que eu estou precisando! Eu também tenho muita coisa guardada, mas acho que não é mais do estilo do Roberto Carlos.

* Entre “Agora eu sei” e “Recordações” você chegou a mostrar alguma música ao Roberto Carlos?
"HS" – Mostrei, mas ele não gostou de nenhuma. Foram músicas minhas e outras de parceria com o Édson. Também, não sei porque, hoje meu relacionamento com Roberto não é mais o mesmo. Uma vez ele ficou zangado comigo porque vendi o apartamento que tinha na Cohab do Horto Florestal. Roberto vivia no meu apartamento, todo mundo gostava muito dele lá. Eu ficava com ele até tarde na CBS e ele sempre me levava em casa. Às vezes ia acompanhado da Nice. Só que resolvi vender o apartamento para comprar uma pensão no Centro. Quando o negócio começava a dar certo entrou o presidente da república e desvalorizou todo o nosso dinheiro. Isso já tem mais de vinte anos e foi aí que perdi muito. Mas não acho que seja por isso que ele deixou de falar comigo. Talvez a própria vida dele... Para mim talvez ele tenha deixado de gravar as minhas músicas porque começou a entrar num estilo que sabia que eu não ia fazer, com melodias mais refinadas, como “Café da manhã” e “Os seus botões”. São bonitas, mas não são do meu estilo. Também, depois de “Agora eu sei”, eu tive um problema sério na minha vida, até fiquei sem fazer músicas e perdi um pouco o contato com Roberto. Só falava com ele por telefone.

* Como foi feita “Agora eu sei”?
"HS" – Eu considero essa música um verdadeiro presente. Um dia o Edinho chegou em minha casa com a frase “quem sabe menos das coisas sabe muito mais que eu”. Eu achei muito bonita, mas logo percebi que não podia ser uma música romântica falando do relacionamento entre homem e mulher. A gente tinha que trabalhar a canção mais num estilo de lição de vida, de filosofia. A letra não foi difícil de fazer, mas a músicas foi, porque quando o Edinho começou a fazer a melodia senti que ele estava indo para um estilo de música sertaneja. Acabou virando uma música caipira muito antes de os sertanejos pensarem em fazer sucesso. No mesmo dia mostramos a música ao Roberto e ele gostou. Mas quem mais gostou foi seu Evandro Ribeiro.

* Você era muito amiga do Roberto mas mesmo assim ficava numa grande expectativa para saber se ele gravaria a música?
"HS" – No inicio não ficava tão ansiosa, porque havia uma turminha que estava sempre nos discos dele, como eu, o Édson Ribeiro, o Renato Barros e o Getúlio Côrtes. Éramos muito amigos dele. Depois as coisas ficaram mais difíceis.

* As pessoas ainda a reconhecem como compositora de Roberto Carlos?
"HS" – Até hoje sou conhecida como amiga do Roberto Calos. Meu nome deixou de ser Helena do Santos. Acabei sendo conhecida como compositora do Rei. Em todas as minhas orações peço muito por ele e não gosto quando ele aparece na televisão com cara triste.

* Quando você esteve com ele pela última vez?
"HS" – Foi num dos últimos shows que Roberto fez no Canecão. Eu fui ao camarim e conversamos um pouco. Ele até falou que eu estava bem e que tinha engordado um pouco. Eu quis falar com ele nesses últimos shows no Rio, mas hoje é difícil ter acesso a ele. Sempre tive um ótimo relacionamento com toda a família dele. Seu irmão mais velho, Laurinho, foi quem colocou meu filho na Aeronáutica, e ele hoje é oficial. Gosto de todos e também dos músicos, de quem sempre fui muito amiga. Antigamente ele não tinha tantos seguranças, e eu conhecia quase todos eles. Quando Roberto vinha fazer shows no Rio eu ligava para o hotel e ele sempre me dava ingressos. Hoje a gente não consegue falar com Roberto Carlos. Claro que eu gostaria de receber uma cortesia, de um convite dele, o que antigamente acontecia muito, mas hoje a vida dele é outra, muito diferente.

* Fale um pouco sobre a religiosidade do Roberto Carlos.
"HS" – Ele sempre foi muito religioso e eu me lembro que a primeira vez em que foi lá em casa era dia do seu aniversário em 1964. Eu tinha mandado rezar uma missa em ação de graças na capelinha do conjunto da Cohab. Só que Roberto chegou atrasado depois da missa. Mesmo assim ele entrou na igreja, pediu para fechar as portas e ficou sozinho durante muito tempo, rezando.

* Helena, como você define Roberto Carlos?
"HS" – É difícil defini-lo. Antigamente eu o achava um menino maravilhoso. Hoje ele é um homem de muita paz. Eu nunca vi Roberto levantar a voz para nada, mesmo quando está zangado ele não perde a calma. Uma pessoa que fez para o país o que Roberto Carlos já fez merece todo o nosso respeito. Mesmo que a gente não queira admitir, as pessoas mudam com o tempo. Não tenho palavras para falar sobre ele. É um ótimo irmão, um ótimo filho, um grande amigo. Infelizmente não tenho mais contato com Roberto Carlos, mas acredito que ele não tenha se esquecido de mim. A vida dele hoje é outra, está sempre voando, fazendo shows. Todos gostam muito dele, até minhas netas, que são de outra geração, o adoram. Roberto Carlos é uma criatura de muita paz. Eu nunca o vi levantar a voz para nada, mesmo quando está zangado ele não perde a calma. Uma pessoa que fez para o país o que Roberto Carlos já fez merece todo o nosso respeito. Eu confio nele mas gostaria que ele se lembrasse um pouco dessa velhinha.

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