LÉO JAIME
entrevista concedida a Carlos Eduardo F.Bittencourt para o
Grupo Um Milhão de Amigos

03.11.2002




Das participações de Roberto Carlos na TV Globo, a maior parte nos Especiais de final de ano,
uma das melhores foi sua entrevista a Léo Jaime, em Los Angeles, no dia 16 de setembro de 1988,
por ocasião do lançamento do disco “Roberto Carlos ao vivo”.
Entrevistamos Léo Jaime, que nos contou sobre os bastidores da gravação do programa
que recebeu o título de "RC In Concert".

* Como surgiu o convite para participar do programa?
"LJ" – O convite foi feito pelo diretor Roberto Talma e eu nem esperava. A TV Globo tinha que aprontar em uma semana um programa com o Roberto Carlos que estava lançando um disco ao vivo, e a ideia era mostrar seu show no Canecão. Uma equipe da Globo filmou o show para o “Fantástico”, mas quando o Talma foi fazer a edição só encontrou três músicas gravadas. A equipe não havia gravado o show inteiro. Eles gravaram três músicas para que a equipe do “Fantástico” escolhesse uma. A opção de se fazer um programa com outros cantores cantando músicas do Roberto chegou a ser avaliada, mas chegaram à conclusão de que não criaria um grande impacto pois os fãs do Roberto Carlos querem mesmo é vê-lo cantando. Foi quando surgiu a ideia de se fazer uma entrevista, pois despertaria a atenção de todos já que não é comum Roberto Carlos conceder grandes entrevistas, a não ser nas coletivas de final de ano, e o objetivo era que ele falasse sobre assuntos diferentes dos abordados nas coletivas. Foi um grande desafio e como eu gosto de desafios o programa acabou sendo um dos momentos mais importantes de minha vida profissional.

* Foi fácil convencê-lo a conceder a entrevista?
"LJ" – Nós esperávamos encontrar dificuldades para agendar a entrevista, pois ele estava em Los Angeles gravando seu disco de final de ano, mas nem essas dificuldades nós tivermos. Embarcamos para os Estados Unidos sem termos tido qualquer contato com ele pois tínhamos menos de uma semana para o programa ir ao ar e não podíamos perder tempo. Quando chegamos a Los Angeles, Roberto Talma conversou com Roberto Carlos por telefone, falou da entrevista, que ela seria interessante pois o objetivo era gravar um bate-papo descontraído de uns quinze minutos, em que seriam abordados assuntos variados. Talma explicou, ainda, que pretendia fazer um programa com a entrevista e com o material gravado no Canecão. Roberto Carlos foi de uma gentileza e de uma camaradagem fora do comum. Eu pensei que fôssemos ter grandes dificuldades para convencê-lo, mas não; ele se colocou à disposição e marcou para o dia seguinte na piscina do hotel. Sua atitude me surpreendeu porque eu o conhecia pouco e ele sempre me pareceu uma pessoa especial. Até hoje eu acho que ele tem uma luz própria que o torna muito diferente dos outros artistas, mas logo no primeiro contato ele fez questão de quebrar essa distância com uma simplicidade que parecia até que já éramos velhos amigos.

* Como foi o clima durante a gravação?
"LJ" – No dia seguinte, por volta de uma da tarde, estávamos na beira da piscina como havia sido combinado. Talma conversou com Roberto Carlos, explicou que a entrevista seria uma coisa bem simples, sem roteiro determinado, um bate-papo entre dois amigos. Nossa conversa foi tão boa que passamos muito dos quinze minutos previstos, conversando durante uma hora e meia. Quando Talma encerrou dizendo que já tinha material suficiente, Roberto perguntou se já tínhamos os quinze minutos programados e ficou surpreso quando soube que havíamos conversado durante uma hora e meia. Nós nem sentimos o tempo passar. Esta acabou sendo a maior entrevista gravada por Roberto Carlos e até hoje é um material muito valioso. Eu fiquei satisfeito porque o programa teve muito sucesso e o Ibope comprovou isso com um alto índice de audiência.

* Qual a importância desse programa para a carreira de Roberto Carlos?
"LJ" – Foi de grande importância por tê-lo aproximado de seus fãs, principalmente das pessoas que não o conheciam falando de assuntos variados. Nosso objetivo foi exatamente o de mostrar Roberto Carlos numa conversa descontraída para um público que só o conhecia por suas músicas. O programa mostrou um outro lado dele, e para mim acabou sendo uma experiência fantástica ficar durante uma semana envolvido em um projeto com Roberto Carlos.

* Você ficou surpreso com alguma resposta?
"LJ" – Várias me surpreenderam. Fiquei conhecendo um lado do Roberto que eu também não conhecia. Fiquei surpreso quando ele falou que gostava dos Titãs, pois eu não sabia qual era a sua opinião a respeito da geração de roqueiros que estava surgindo como os Titãs, o Barão Vermelho, os Paralamas do Sucesso e outros. Outra curiosidade foi que quando conversamos por telefone, na véspera, Roberto estava ouvindo o novo disco do conjunto de rock UB-40. Ele esta ouvindo o disco tão alto que dava para escutar do outro lado da linha. Eu não sabia que ele também gostava desse tipo de música.

* Por que você foi o escolhido pelo Talma para entrevistar Roberto Carlos?
"LJ" – Acho que pela admiração que tenho por Roberto e Erasmo. Eu nunca escondi isso, sempre falo da importância deles na minha vida. Até hoje eu procuro fazer uma música muito afinada com a do Roberto, principalmente com a que ele fazia na Jovem Guarda. Outro motivo que deve ter influenciado é que eu estava começando carreira no jornalismo. Até hoje escrevo em jornais. Naquela época eu já tinha feito algumas matérias para o jornal O Globo, inclusive essa entrevista com o Roberto que foi utilizada como matéria de três páginas para o Segundo Caderno na edição de domingo. Como a entrevista ficou muito grande e não foi possível levá-la ao ar na íntegra o jornal O Globo pediu para que eu a transcrevesse para o Segundo Caderno. Acho que foram estes três fatores que influenciaram o Roberto Talma a me chamar para o programa. Eu já escrevia para jornais, conhecia música e também a carreira de Roberto Carlos. Há alguns anos eu escrevi um roteiro para um programa sobre a Jovem Guarda a ser realizado pelo Multishow. O que eu posso dizer é que adorei o convite do Talma.

* Léo, como você conseguiu separar o jornalista do fã na hora de fazer a entrevista?
"LJ" – Eu não fiz nenhuma questão de separar um do outro, tanto que quanto acabou a entrevista eu pedi ao Roberto Carlos que autografasse minha camisa. Até hoje a tenho guardada com muito carinho. Eu fui lá como fã, como músico e como conhecedor de sua obra. Ali estava o fã de Roberto Carlos, uma pessoa que tinha todos os seus discos da época dos LPs e que conhecia tudo sobre ele. Acho que isso foi um dos fatores para o sucesso do programa e de a conversa que seria de quinze minutos ter levado uma hora e meia sem que percebêssemos.

* Vocês chegaram a conversar antes do programa?
"LJ" – Conversamos um dia antes por telefone, visando apenas marcarmos a data. Não falamos nada sobre o que seria tratado ou como a entrevista seria feita. Na conversa por telefone Roberto Carlos marcou o dia e o horário. Não tivemos nenhum contato pessoal.

* Depois da entrevista, vocês chegaram a se encontrar?
"LJ" – Houve um fato curioso depois da gravação do programa. Eu fiquei alguns dias em Los Angeles e tinha que registrar no hotel o número do meu cartão de crédito. Só que eu não tinha cartão de crédito internacional. Quando o rapaz da recepção soube que eu estava hospedado no hotel para entrevistar Roberto Carlos, me perguntou se poderia ligar para o Roberto para confirmar se era verdade. Ele ligou e explicou a situação sobre o cartão de crédito. A conversa entre eles não demorou nem um minuto. O funcionário disse que Roberto Carlos havia dado o cartão de crédito dele como garantia. É claro que eu não deixei a conta para ele pagar, mas isso foi uma prova de sua gentileza.

* Como o programa foi elaborado?
"LJ" – Quando embarcamos para Los Angeles tínhamos as três músicas gravadas no Canecão e então selecionamos algumas outras que gostaríamos de colocar no programa, cantatas por outros cantores para mostrar Roberto como compositor. Nós estávamos querendo que ele respondesse como havia vivido as emoções daquelas letras e o que havia inspirado no momento da composição. O esqueleto da entrevista era o que o havia motivado a fazer aquelas canções. Partindo daí deixamos o roteiro livre para que ao longo da conversa outras perguntas fossem surgindo.

* Houve alguma pergunta que ele tinha se recusado a responder?
"LJ" – Não, eu não me lembro. É claro que nem toda a entrevista foi ao ar, mas não me recordo que ele tenha ficado embaraçado com alguma pergunta. Infelizmente eu não tenho mais a transcrição que fiz para o Segundo Caderno de O Globo. Só relendo poderia me lembrar se houve alguma resistência dele em abordar algum assunto. Sinceramente eu não me recordo. A conversa foi tão tanquila que durou uma hora e meia, fato raro na carreira do Roberto Carlos, e se ele ficou tão relaxado foi porque não entramos e assuntos polêmicos ou desagradáveis.

* Qual a importância do Roberto e da Jovem Guarda em sua vida?
"LJ" – Eu me tornei cantor por causa da Jovem Guarda, e quando a falamos de Jovem Guarda estamos falando de Roberto Carlos. Eu me lembro que a primeira vez que subi num palco, foi para fazer uma peça sobre dona Baratinha. Eu fazia o papel do boi e fui vestido com chifre e tudo com a minha roupa da Jovem Guarda. A platéia caiu na gargalhada e eu fiquei muito chateado, mas isso faz parte da minha história. Tudo o que sei e desenvolvi como sonho e como meta na vida começou na Jovem Guarda. Por isso é que quando entrevistei Roberto Carlos eu quis mesmo deixar passar esse meu lado de fã. Aqueles cantores criaram um tipo de música popular que cativou pessoas das mais variadas faixas etárias, inclusive crianças, como no meu caso. Eu achava tudo aquilo muito legal, o programa ideal para a minha idade. Eu tinha seis ou sete anos, e com certeza os adolescentes achavam a mesma coisa. Quando me tornei cantor eu quis fazer música com letras meio ingênuas, do tipo das que eram feitas na Jovem Guarda. Mesmo sofrendo resistência de alguns colegas, segui por esse caminho. As músicas da Jovem Guarda são sucessos até hoje. Outro dia fiquei contente com uma conversa que tive com a Paloma Duarte. Ela me disse que, quando era pequena, sua mãe, Débora Duarte, a ninava cantando “Gatinha manhosa”, música que gravei em 1988, e eu agora ela põe suas filhas para dormir com essa música. São canções que vão passando de geração para geração. A Jovem Guarda sempre usou uma linguagem modesta, amorosa e simples para dizer as coisas sempre com sinceridade e espontaneidade. Eu colecionava tudo o que era lançado com a marca da Jovem Guarda. Com sete anos comecei a estudar violão só para aprender aquelas músicas, principalmente as do Roberto Carlos.

* Qual era o seu contato com Roberto Carlos antes da entrevista. Vocês já se conheciam?
"LJ" – Eu já tinha me encontrado com ele em estúdio. Nós dois gravávamos na Som Livre e algumas vezes nos cruzamos nos corredores, tomávamos café juntos, mas sempre encontros muito rápidos. O Roberto não é uma pessoa que se encontre sempre, ele é um artista recolhido, reservado e até compreendo esse estilo de vida que ele leva devido à sua popularidade. Nesses encontros ele sempre me pareceu uma pessoa especial, com um carisma incomum que não percebo em nenhuma outra pessoa. Eu tive vários ídolos e cheguei e conhecê-los pessoalmente, mas o Roberto é diferente de todos eles; ele é especial.

* Até que ponto a geração do rock dos anos 80, foi influenciada pela Jovem Guarda?
"LJ" – A influência foi total. Nós fizemos uma música chamada “new wave”, muito parecida com as canções da Jovem Guarda. Eram músicas despretensiosas, divertidas, sem o ranço e o peso do rock progressivo, ou das canções engajadas politicamente. Retornamos às músicas de três acordes com melodias simples, bem juvenis, não tínhamos pretensão de ganhar prêmios, troféus, queríamos apenas nos divertir. Reconhecíamos o valor dos cantores da Jovem Guarda, e também do Jorge Benjor e do Tim Maia, que por coincidência começaram cantando com o pessoal da Jovem Guarda. Eram grandes ídolos embora a elite musical da época não os reconhecesse como grandes nomes da MPB. Os chamados “professores da história da arte” ignoravam a Jovem Guarda. Para eles a música brasileira pulava da Bossa Nova para a Tropicália. Nós fizemos questão de mostrar que havia um período, o a da Jovem Guarda, importantíssimo para a MPB e que tocou muito no coração do brasileiro.

* O que você acha da ideia de reviver a Jovem Guarda através do programa “Jovens Tardes”?
"LJ" – Infelizmente eu não vi o programa e por isso não posso falar a respeito. Mas tudo tem o seu tempo, a Jovem Guarda faz sucesso naquela época, ela surgiu junto com uma mudança musical e de comportamento que estava acontecendo em todo o mundo. A Jovem Guarda foi um movimento brasileiro com influência dos Beatles. Não sei se hoje daria para reviver tudo aquilo porque não se pode voltar no tempo mas também não sei se seria este o propósito do “Jovens Tardes”. Acho que esse movimento de recuperação de certos valores da música jovem e urbana é bastante oportuno porque está faltando esse tipo de linguagem para os jovens. Há algum tempo os programas de televisão só mostravam música sertaneja, axé, pagode, e nem todos os adolescentes se identificam com esse tipo de música, querem algo que fale a sua linguagem. Também está faltando hoje uma certe ingenuidade, letras que cheguem às mulheres, que são grandes consumidoras de música, coisa que o rock progressivo não consegue. Esse espaço tem que ser preenchido por nós que estamos voltando ou por novos cantores que estão aparecendo e fazendo músicas com letras mais simples e menos elaboradas. Agora estão querendo fazer um disco de música eletrônica, remix, com as canções do Roberto. Ele tem uma obra enorme, imensa, cheia de canções da maior qualidade que nunca vão entrar numa coletânea de seus maiores sucessos.

* Fale um pouco sobe a importância do Erasmo Carlos em sua carreira?
"LJ" – O Erasmo é um grande amigo, sempre foi um das pessoas com quem mais me identifiquei, temos uma grande afinidade. Eu me lembro que certo dia ele me disse que eu era o Erasmo Carlos da nova geração. Acho que me sinto assim. Tenho guardado com muito carinho o anel de Tremendão que ele me deu e que considero um verdadeiro talismã. Roberto e Erasmo têm estilos diferentes e por isso fazem tanto sucesso, cada um do seu jeito. O Erasmo até brinca dizendo que Roberto tem mais sorte que ele pois tudo o que grava o seu público gosta, seja música romântica, samba, rock, sertanejo ou canções religiosas. Já os fãs do Erasmo exigem sempre que ele grave rock. Se ele inventa de gravar outro estilo os fãs reclamam que ele está deixando de ser roqueiro. A parceria deles é muito positiva, não acredito que tenho existido em todo o mundo outra tão produtiva e com tantos sucessos. É mais fácil o Erasmo compor para o Roberto do que compor para si mesmo, porque o público do Erasmo é muito mais exigente do que o do Roberto, que o acompanha nas várias vertentes de seu trabalho sem cobrar muita coisa. Já o público do Erasmo Carlos cobra ele um compromisso com o rock. Eu considero muito difícil identificar numa letra o que é do Erasmo e o que é do Roberto Carlos. Eles são muito bons separadamente, mas são melhores ainda quando estão juntos.

* Fale um pouco da música “Ilegal, imoral ou engorda”, que você gravou em 1990.
"LJ" – É uma canção que muitas pessoas não conheciam. Só mesmo os fãs do Roberto Carlos que sabiam dela e talvez até hoje ela seja desconhecida do grande público. Ela é muito parecida com o estilo de música que faço, muita gente pensa que fui eu que a fiz. “Ilegal, imoral ou engorda” em uma letra tão moderna que muitos não acreditam que seja dos anos setenta. Aí está mais um preconceito da turma politizada em relação ao Roberto, pois eles acham uma letra bastante progressiva que foge do estilo romântico de suas canções. Considero “Ilegal, imoral ou engorda” uma música super-revolucionária sem a intenção de fazer apologia político-partidária. Como conheço bem a obra do Roberto Carlos, eu quis gravar uma música que não fosse muito conhecida. Certas pessoas não aceitam que Roberto tenha feito “Debaixo dos caracóis dos seus cabelos” para uma pessoa que estava exilada. Acho que ele quis apenas expressar seu sentimento em relação à dor que Caetano Veloso estava sentindo longo de seu país.

* Você assistiu a gravação do “Acústico MTV” do Roberto Carlos. O que achou da gravação e do disco?
"LJ" – Foi um dos dois melhores shows que eu vi em toda a minha vida, mas acho que infelizmente o disco não saiu com o clima da gravação, o que foi uma pena. Eu não tive a oportunidade de assistir ao DVD para ver como ficou o resultado em vídeo, mas com certeza não me lembro de ter assistido a um show tão bom. Não sei se os retoques que foram feitos em estúdio tiraram um pouco da emoção. É claro que é diferente você assistir ao vivo e depois fazer a comparação ouvindo o CD. Talvez o DVD passe a emoção que senti naquele dia. Foi uma gravação muito bem feita, os músicos super-ensaiados. Roberto bem solto, descontraído, tudo elegante e muito atual. Tem uma coisa que aprendi com o Roberto e com o Frank Sinatra: Às vezes a simplicidade é o que existe de mais tocante. Roberto é assim, canta naturalmente e lida com a emoção da maneira mais crua e simples. Ele é uma aula de interpretação, e a gravação do acústico teve tudo isso. Foi um show maravilhoso e tive sorte de estar na primeira fila, a um mero dele. Saí de lá super-emocionado. Antes do show, minha mulher dizia que ele iria começar cantando “Detalhes”, e ele entrou no palco, pegou o violão e cantou “Detalhes”. Ficamos todos com lágrimas nos olhos. Aquele show foi uma experiência muito emocionante. (NR: No primeiro dia de gravação do Acústico, Roberto Carlos iniciou o show cantando “Detalhes”. No segundo dia ele começou com “Além do horizonte”).

* Qual a importância de Roberto Carlos para a música brasileira?
"LJ" – Roberto e Erasmo são os artistas que tocam mais fundo na alma do brasileiro. É claro que reconheço a importância de um Noel Rosa, de Tom Jobim, de Chico Buarque, que são grandes gênios. Aliás a música brasileira está cheia de gênios. Mas falar a linguagem do povo, tocar na alma do povo, dizer as coisas que o povo quer ouvir e dizer, conseguir isso tudo com tanta simplicidade... Ah, nisso Roberto e Erasmo são imbatíveis. Ninguém decifrou tão bem a alma do brasileiro como esses dois. Esse é um grande tesouro e a grande contribuição deles para a cultura brasileira. A obra de Roberto e Erasmo é fantástica.

* Como você define Roberto Carlos?
"LJ" – Isso é a coisa mais fácil do mundo, Roberto é o Rei, ponto.

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