RICARDO PUGIALLI
entrevista concedida a Carlos Eduardo F.Bittencourt para o
Grupo Um Milhão de Amigos

25.02.2000




O pesquisador Ricardo Pugialli lançou em 1999 o livro “NOS EMBALOS DA JOVEM GUARDA”.
Trata-se de uma verdadeira enciclopédia com um pouco mais de 370 páginas
falando da importância de um dos maiores movimentos da música popular brasileira.
Conversamos com Ricardo sobre o livro e recordamos aquelas maravilhosas jovens tardes de domingo.

* Como surgiu a ideia do livro?
"RP" – Em 1992 eu tinha acabado de lançar um livro sobre os Beatles quando me deu vontade de fazer algo parecido com o rock brasileiro, e como a Jovem Guarda fez parte da minha infância surgiu a ideia. Eu já tinha muitos discos e material daquela época. Inclusive, meu irmão foi empresário de um conjunto da Jovem Guarda.

* Esse material que você tinha foi reunido visando um trabalho de pesquisa ou por você ser colecionador?
"RP" – Por ser colecionador, por eu gostar do rock brasileiro. Tudo que chegou em minhas mãos a partir dos meus doze anos de idade, jornais, discos e revistas, eu ia guardando. Com isso montei um acervo que me ajudou bastante a fazer a pesquisa em minha própria casa.

* Quanto tempo durou esse trabalho?
"RP" – Eu lancei o livro dos Beatles em outubro de 1992 e comecei logo o trabalho sobre a Jovem Guarda. Durante todo o ano de 93 e parte de 94 eu morei na Inglaterra, e o livro começou a ser digitado lá, sempre recebendo material do Brasil pelo correio e preparando o banco de dados. Quando voltei para o Brasil em 94, passei cerca de um ano e meio na Biblioteca Nacional e depois mais um ano encontrando com colecionadores para selecionar todo o material. Após esse trabalho levei mais dois anos editando o livro.

* Qual a maior dificuldade encontrada?
"RP" – Primeiro a falta de interesse e até de estrutura das gravadoras. Uma parte do material está totalmente perdido. Nem os diretores dessas gravadoras sabem o que têm em seus acervos, o que têm catalogado, o que lançaram, quando e como. Às vezes esse material cai na mão de pessoas que o usam de forma indevida. Esse foi o principal problema. Em compensação fui muito bem atendido na Biblioteca Nacional, encontrei o material que precisava com extrema facilidade, e os colecionadores também me colocaram à disposição seus acervos de discos e revistas. A outra dificuldade foi encontrar uma editora que acreditasse que a Jovem Guarda é importante para a cultura brasileira. Inclusive uma editora me disse que tinha feito uma pesquisa de opinião entre os leitores e constatou que a Jovem Guarda não tinha mínimo apelo popular. Dois meses depois o Márcio Antonucci lançou aquela série de CDs da Jovem Guarda que só no primeiro mês de lançamento vendeu 300 mil cópias. Só isso já prova que a Jovem Guarda sempre teve apelo popular.

* Quais as suas recordações da Jovem Guarda?
"RP" – Principalmente dos bailinhos, da calça Saint Tropez, da Cuba Libre, da música dos Incríveis “Era um garoto que como eu amava os Beatles e os Rolling Stones”, que foi a primeira música que ouvi, e, mais que tudo do programa do Roberto Carlos. Até hoje me lembro bem da Wanderléa cantando “Para o casamento”... Não há como esquecer. Aquela turma foi a segunda geração do rock brasileiro, que começou no final dos anos 50 com Tony e Cely Campelo e diversos conjuntos de São Paulo. Depois vieram Demétrius, Ronnie Cord, The Jordans, e no Rio os Golden Boys, Renato e Seus Blue Caps e outros. A Jovem Guarda foi a válvula de escape dos jovens que queriam pegar uma guitarra e sair tocando uma música que fizesse sucesso. Ela mudou o comportamento dos jovens, foi revolucionária ao seu modo e abriu as portas para a Tropicália, para o rock dos anos 70, para os cantores populares, para os sertanejos românticos, enfim para tudo o que hoje temos em música.

* Você acha que o sucesso da Jovem Guarda se deve a Roberto Carlos?
"RP" – Eu o vejo como o grande catalisador da Jovem Guarda, porque seu programa teve praticamente cem por cento de Ibope todos os domingos. Foi a partir do “Jovem Guarda” que a música jovem se tornou conhecida no país inteiro. Programas foram aparecendo em outras emissoras, como os do Ronnie Von, o do Eduardo Araújo e o dos Incríveis. Acontecia também que o Roberto e o Erasmo Carlos faziam músicas para vários artistas que eram verdadeiros sucessos. Eles foram os porta-vozes do movimento. Muitos cantores e conjuntos que surgiram antes deles voltaram a fazer sucesso com o estouro da Jovem Guarda. O movimento foi uma conjunção de coincidências: foi proibida a transmissão de jogos do Campeonato Paulista, ficou um horário vago no domingo, a TV Record queria fazer um programa musical para concorrer com outras emissoras. O que aconteceu? Roberto Carlos explodiu em todo o país com “O calhambeque”, Erasmo fez “Festa de arromba”, todo mundo queria a Cely Campello de volta. A ideia inicial era que o programa fosse apresentado por Roberto e Cely Campelo, mas ela não quis voltar. Como havia uma empresa patrocinando que queria vender produtos jovens, veio o programa com Roberto, Erasmo e Wanderléa. Eu diria que se o programa não tivesse acontecido muitos artistas não teriam estourado, seriam apenas sucessos locais. Acho que Roberto, Erasmo e Wanderléa foram os jovens certos, na hora certa, cantando a música certa para um público que queria aquele tipo de música naquele momento.

* Você acha que a Jovem Guarda foi um movimento alienado?
"RP" – Seria a mesma coisa que hoje alguém cobrasse uma música de protesto da dupla Sandy & Júnior. Não faz sentido; acho que cada artista tem seu determinado espaço. Querer obrigar artistas românticos a fazer mensagens de protesto iria fazer com que a música perdesse o seu objetivo primordial que é o de entretenimento, não acha? O objetivo da Jovem Guarda era fazer com que as pessoas entrassem num estado de alegria, não de alienação, que se libertasse um pouco dos problemas.

* Eles sofreram com a censura?
"RP" – Eles tiveram diversas músicas censuradas, eram proibidos de se apresentar em algumas cidades, eram proibidos de usar determinadas roupas, acabavam envolvidos em escândalos de comportamento. Foram rebeldes dentro do que estava fazendo. É claro que o público da Jovem Guarda não era o que estava nas universidades brigando pela situação política do país. Mas se a Jovem Guarda fosse totalmente alienada, por que o programa tinha cem por cento de audiência todas as semanas? Por que eles vendiam milhares de discos? Por que os shows que faziam ficavam lotados? Então toda a juventude estava alienada.

* Roberto fazia mais sucesso no Rio ou em São Paulo?
"RP" – Ele começou a fazer sucesso no Rio a partir de 62, e desde aquele ano nunca mais saiu das paradas de sucesso. Em 61 ele já tinha começado a surgir, com “Malena” e “Louco por você”. Depois vieram “Susie”, “Splish, splash”, ele não saiu mais das paradas. Quando lançou “Parei na contra-mão” ele começou a estourar em São Paulo e logo depois veio o grande sucesso de “Splish, splash”. Com isso ele começou a ser convidado para fazer programas em São Paulo e descobriu que tinha que ir para lá para ser conhecido no país inteiro. Com o sucesso de “O calhambeque” é que a Record passou a se interessar por ele.

* Você acha que “O calhambeque” foi o marco da carreira do Roberto Carlos?
"RP" – Até brincando, eu acredito que com “O calhambeque” ele pagou a Via Dutra em direção a São Paulo. Foi a música que o tornou visível no país inteiro.

* E no exterior, quando começou o sucesso de Roberto?
"RP" – A partir de 64 ele já se apresenta na Argentina e em 65 já tinha edições em castelhano de seus discos. Depois os discos de Roberto começaram a ser editados em italiano, mas sempre com repertório brasileiro. A CBS investia muito nesse mercado, principalmente pela força que ela tinha por ser uma multinacional.

* Existia uma rivalidade entre os cantores da Jovem Guarda do Rio e os de São Paulo?
"RP" – A imprensa fazia muito isso, um era o Rei da Juventude Paulista, e o outro era o Rei da Juventude Carioca. É só você ver que o programa “Jovem Guarda” era feito em São Paulo mas apresentado por três cantores radicados no Rio. Todos os cantores que entrevistei para o livro me garantiram que o nível de companheirismo era cem por cento, coisa que nunca existe hoje em dia. Todos eram amigos de todos, e as supostas rivalidades eram factóides da época obviamente jogadas de marketing. Poderia até haver um certo ciuminho.

* Mas no livro você fala de uma certa rivalidade entre Roberto Carlos e Sérgio Murilo...
"RP" – O que acontece é que eram dois grandes astros dentro da mesma gravadora e chega um momento em que acaba não havendo espaço para os dois. Eles cantavam o mesmo tipo de música e disputava a mesma fatia do público. O que aconteceu? O Sérgio Murilo foi fazer uma excursão bem longa e quando voltou descobriu que não tinha mais espaço para ele na CBS com o estouro do Roberto. Ele foi para a RCA e lá ficou. Mas existiram muitas trocas de gentileza entre eles.

* O título Jovem Guarda surgiu mesmo de um manifesto do Lenin?
"RP" – De todas as fontes que pesquisei, noventa por cento apontam para isso. Existe um texto de Lenin que diz que o futuro pertence a jovem guarda, porque a velha está ultrapassada. Então eles pegaram essa frase e transformaram em bandeira a juventude, ou seja, era o momento da juventude, o momento em que os jovens iriam ditar as regras, cantar as suas músicas.

* Quais as pessoas que foram bastante importantes no início da carreira do Roberto?
"RP" – Primeiro o Carlos Imperial, que insistiu muito em seu “afilhado”, fez de tudo para colocá-lo nas paradas. O Chacrinha, que sempre deu força para o Roberto. Com a saída da Polydor, depois que o disco “João e Maria” não conseguiu sucesso esperado, o Chacrinha apresentou o Roberto Carlos ao Roberto Corte Real, diretor da Colúmbia, atual Sony Music. Só que o Corte Real viu que aquele estilo de música, imitando o João Gilberto, não daria certo com os jovens. Já pela CBS, em seu primeiro disco de 78 rotações, Roberto insistiu no estilo e não foi bem. Aí o Corte Real entrou em ação. Roberto gravou “Louco por você” em seu primeiro LP, e esta foi a primeira música que começou a fazer algum sucesso. Depois veio “Malena”, eu diria que o Roberto Corte Real foi quem delineou o caminho que Roberto Carlos deveria trilhar naquele momento. Quem hoje critica Roberto Carlos dizendo que ele abandonou a música jovem e só canta música romântica não sabe que ele começou cantando músicas românticas. O que ele canta hoje é exatamente o que cantava no início de sua carreira. Ele sempre foi um cantor romântico.

* Mas o “Louco por você” tem um repertório bastante variado...
"RP" – O disco é bastante eclético. O segundo 78 rotações, como o primeiro “João e Maria” e “Fora do tom”, era bem bossa-nova. No primeiro mais parecia o João Gilberto cantando. O primeiro LP traz as tentativas do Corte Real e Roberto Carlos cantou de tudo naquele disco até descobrir o seu estilo.

* Já que você falou do primeiro 78 rotações. Você tem ideia do valor comercial desse disco hoje?
"RP" – Sabendo que não chegaram a ser vendidas duzentas cópias e que grande parte desses discos já não existe mais porque se quebraram e pela importância do Roberto Carlos na música brasileira, eu tranquilamente colocaria numa faixa de quinhentos a mil dólares. No Rio eu só conheço duas pessoas que tem esse disco.

* E o “Louco por você”?
"RP" – Eu conheço um “Louco por você” autografado pelo Roberto Carlos naquela época, e, como é um disco bastante valioso, não calculo quanto ele deve valer. Mas as outras cópias do “Louco por você” devem estar em torno de cinco mil reais. Esse é um disco que a Sony jamais vai lançar, porque parece que é um desejo do próprio Roberto, mas eu não vejo o porquê, já que é um disco bastante gostoso de se ouvir. A gente sabe que existem diversas cópias piradas sendo vendidas, tanto em vinil quanto em CD. Mas eu nem recrimino porque é uma forma que os colecionadores encontram para ter a obra do seu artista. Isso não pode ser considerado pirataria; é preservação de memória. Pirataria é fazer uma cópia exatamente igual, com selo e tudo e colocar para vender numa loja.

* Como você vê o sucesso dos cantores da Jovem Guarda hoje?
"RP" – O movimento jamais acabou, o que houve foi uma grande mudança política e musical no país, mas os artistas mais consagrados da Jovem Guarda continuam até hoje fazendo sucesso e vendendo discos. A mídia, sim, parou de divulgá-los. Renato e Seus Blue Caps e The Fevers nunca param de tocar e até hoje lotam os lugares onde se apresentam, principalmente no Nordeste. The Fevers ganharam um disco de ouro em Portugal no ano passado. O Erasmo continua em atividade, o mesmo acontece com a Wanderléa, com o Wanderley Cardoso, como Jerry Adriani, isso sem falar do Roberto Carlos. É claro que alguns abandonaram a carreira porque não estavam na linha de frente do movimento. A Jovem Guarda é um sucesso tão grande que a série de CDs lançada em 95 pelo Márcio Antonucci já vendeu mais de um milhão de cópias.

* Qual o motivo da saída do Roberto Carlos do programa “Jovem Guarda”?
"RP" – Roberto já recebia críticas da imprensa pelas músicas que cantava e quis mostrar o seu valor como cantor e compositor. Primeiro ele se apresentou no Festival da Record, em 1967 com “Maria, carnaval e cinzas”, num estilo de música completamente diferente do que cantava. Depois ganhou o Festival de San Remo, voltando de lá consagrado como cantor e como intérprete. Como sempre foi dono de sua carreira, e a partir de San Remo ele viu que era o momento de investir numa outra fase, saindo do programa da Jovem Guarda, ganhando um outro espaço na emissora, mostrando uma outra forma de se fazer programa. Roberto começou a investir naquele cantor que ele sempre quis ser, cantando o que queria, da forma que queria, se apresentando do jeito que queria e na hora que queria. Ele tomou as rédeas de sua carreira.

* Como era a direção do Carlos Manga no programa “Jovem Guarda”?
"RP" – Ele ousou bastante na época, e a gente pode ver isso em diversos tapes. É claro que os primeiros programas não tiveram uma direção mais refinada. Ela começou a partir de 1966, quando o Manga criou cenários e ousou na direção do programa. Quando o Roberto fez o programa só dele o Manga colocou para fora toda a sua criatividade. Todos se apresentavam com roupas exóticas e um dia Roberto cantou “Quero que vá tudo pro inferno” com um casaco de pele, com bonecos de neve no palco e caindo neve do teto. Isso, para a época, era fora de série. Todas as músicas tinham coreografia, e foi nos programas do Roberto Carlos que começaram a surgir novas maneiras de se fazer programas de televisão, diferentes daquela coisa estática de antes.

* Como você vê a passagem do Roberto do rock para as baladas românticas?
"RP" – Ele nunca deixou de fazer as baladas românticas, só que num determinado momento ele passou a cantar as mesmas coisas com um andamento mais lento e elaborado. Para tocar no coração de quem estava mais apaixonado, e não mais a fim de dançar. Essa mudança foi uma coisa natural na carreira dele. A gente não pode querer que o Roberto Carlos com 50 anos estivesse compondo e cantando musicas de quando ele tinha 20 anos. Isso se deve à evolução e ao seu amadurecimento.

* Roberto foi o maior fenômeno da música brasileira?
"RP" – Sim, em termos de importância, de vendagem, de popularidade. O meu livro mostra exatamente isso. Estou sendo criticado por outros jornalistas que queriam uma opinião contra a Jovem Guarda. Mas eu não posso falar nada contra a Jovem Guarda e nem contra o Roberto Carlos. Eu considero o meu livro o maior documento que foi feito de um movimento. É uma obra honesta, sincera e sem denegrir ninguém. Eu não falo da vida pessoa de ninguém, já que o artista tem a vida privada dele, que não interessa a ninguém. Eu não vou escrever um livro para criticar a Jovem Guarda. Quem quiser que o faça. Eu pesquisei tudo que saiu sobre a Jovem Guarda e omiti muita coisa ofensiva, que não fazia sentido, coisa de imprensa marrom, que só denegriam a imagem deles e não acrescentariam nada à obra. As coisas pitorescas estão na seção “Mexerico da Candinha”. Eu jamais vou dar uma opinião contra a Jovem Guarda porque gosto da Jovem Guarda. Mesmo que me pagassem para falar mel eu jamais faria isso.

* Como você vê a carreira do Roberto Carlos hoje?
"RP" – Eu estou adorando essa notícia de que ele vai lançar um disco de musicas sertanejas. Roberto não tem que provar nada para ninguém, ele lança os discos que são sempre sucesso, mas acho que ele merecia se dar o prazer de ousar; e ele vai ousar agora. Roberto tem mais é que gravar o que quiser porque onde já chegou pode se dar esse direito. Roberto é dono de sua carreira e eu o coloco no mesmo patamar que um Elvis Presley, que os Beatles. Da mesma forma que Beethoven, Chopin, Tchaikowsky são clássicos hoje, daqui a duzentos anos os Beatles e a Jovem Guarda também serão clássicos. Isso não vai passar.

* Seu livro tem um texto muito bonito, no agradecimento, em que você diz que não procurou Roberto Carlos para entrevistá-lo por respeitar o momento difícil que ele estava passando na vida pessoal.
"RP" – Eu sabia do momento que ele estava passando, porque eu também tenho câncer, que graças a Deus foi diagnosticado no início e que está sendo bem controlado. Quando estava na reta final do livro eu me operava a cada dois meses. Por isso em momento algum eu ia chegar para o marido e o homem Roberto Carlos Braga para pedir uma entrevista sobre a Jovem Guarda. Ele estava cem por cento dedicado à sua esposa, e eu jamais o iria incomodar naquele momento. Agora vou levar o livro pessoalmente a ele e faço questão de entregá-lo como uma homenagem e um documento sincero de tudo que ele representou para o rock brasileiro, porque o livro tem Roberto Carlos como figura central e foi feito pensando muito nele.

* Como você define Roberto Carlos?
"RP" – Eu o defino como um ídolo, uma pessoa que batalhou cada degrau do sucesso. Colocava seu disco embaixo do braço e sem nenhuma vergonha ia de rádio em rádio divulgá-lo. Ia para a Rádio Nacional no programa do Paulo Gracindo e ficava horas esperando alguém faltar para ele cantar. Ou seja, foi um cara que não pisou em ninguém, foi um cara super-sincero que valorizou o seu público. Roberto Carlos sempre deu valor aos seus fãs. Qual o trabalho dele? Cantar e vender discos. Quem compra seus discos? Os fãs. Então é aos fãs que ele sempre se dedicou e não aos críticos ou gravadoras. Por isso eu tiro o chapéu para ele, porque pude ver como Roberto fez sua carreira. É uma pessoa muito simples mas está num mundo diferente do nosso porque atingiu o estrelato.

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