ROBERTO CARLOS
entrevista coletiva
tema central: parceria para cartão de crédito
Transcrição: Carlos Eduardo F.Bittencourt para o
Grupo Um Milhão de Amigos
27.12.2010




Na tarde do dia 27 de dezembro,
dois dias depois do show histórico na Praia de Copacabana,
Roberto Carlos reuniu a imprensa para uma entrevista coletiva,
no Hotel Caesar Park, em Ipanema, Rio de Janeiro.

Acompanhado de seu empresário DodY Sirena,
do presidente da Credicard, Leonel Andrade,
e do presidente do Citi Brasil, Gustavo Marin,
Roberto Carlos falou da nova parceria que foi firmada,
com o cartão Credicard Emoções.

“Para nós é uma enorme alegria estarmos fechando esse contrato. Esse processo começou quando celebramos os 90 anos do Citi no Brasil e contratamos Roberto Carlos para fazer um show. Naquele dia começou o projeto de associar a nossa imagem com a do maior ídolo do Brasil”, disse Gustavo Marin.
Leonel Andrade agradeceu a confiança depositada por Roberto Carlos ao firmar a parceria com a Credicard. “É uma aliança em que nós vamos estar juntos, pelo menos, nos próximos dez anos, e isso é motivo de grande orgulho. Os nossos funcionários estão em festa, orgulhosos de ter você como um amigo, um colega da organização”.
Leonel Andrade destacou, também, as várias apresentações que Roberto Carlos já fez nas casas de shows patrocinadas pela empresa, no Credicard Hall, em São Paulo e no Citibank Hall, no Rio. “Ter Roberto Carlos sempre foi o maior sonho da empresa. Tem tudo a ver com o nosso posicionamento, pois a Credicard tem vários projetos ligados ao entretenimento”. Ele até brincou dizendo que depois desses dez anos pretende firmar outros contratos com Roberto Carlos “muito além do horizonte”.
O cartão Credicard Emoções será lançado no dia 19 de abril, data de aniversário de Roberto Carlos, e terá várias bandeiras. Com isso os fãs poderão comprar de acordo com a foto que desejarem. Ele irá patrocinar o Projeto Emoções em Alto Mar, os shows nacionais e internacionais, e os clientes poderão comprar os ingressos dos shows no Brasil e no Exterior na pré-venda e com desconto. Também haverá programas de recompensa e coleção de pontos para a compra de ingressos e de outros produtos.
“É um contrato de dez anos, da união profissional da mais tradicional e maior empresa de cartão de crédito do Brasil com o maior artista da história do Brasil”, completou Andrade. O objetivo da empresa é ter um milhão de cartões em cinco anos. Para isso haverá vários tipos de benefícios de acordo com os mais diferentes tipos de renda, e também um cartão pré-pago. Apesar de o cartão ser lançado só em 19 de abril, já existe um site para tirar as dúvidas e fazer a pré-inscrição: www.credicard.com.br/emocoes.

Em seguida, foi a vez de Roberto Carlos agradecer à Credicard pela confiança depositada. “Cartão de crédito tem tudo a ver com credibilidade, e para mim é uma honra essa parceria com a Credicard, eu é que tenho que agradecer a confiança”. Com esta parceria, Roberto Carlos passa a ser o primeiro artista a ter sua imagem usada em um cartão de crédito, e Leonel Andrade voltou a frisar que para isso só uma pessoa com muita credibilidade é que poderia firmar essa parceria. “Este cartão vai ser a carteirinha do fã de Roberto Carlos, vai mostrar todo o carinho que o povo brasileiro sente por ele”. Leonel deixou claro que o cartão não dará acesso ao camarim de Roberto Carlos depois do show.

Para Dody Sirena, empresário do Rei, a parceria firmada é um orgulho muito grande. “A minha preocupação como responsável pela negociação foi de pautar toda a negociação colocando sempre em primeiro lugar os fãs de Roberto Carlos, os benefícios que eles teriam com este contrato. Acho que é o único contrato do mundo feito por um artista por um período tão longo, o que demonstra confiança e convicção no sucesso”.
Fugindo um pouco do assunto do cartão de crédito, Dody Sirena apresentou os números que havia recebido sobre o show que Roberto Carlos fez na noite de Natal na Praia de Copacabana. “Saiu divulgado na imprensa que a Policia Militar calculou que havia 400 mil pessoas na praia. Isso já seria extraordinário, e atingiria os nossos objetivos. Mas eu recebi esta manhã um relatório de que as 400 mil pessoas calculadas pela PM estavam concentradas em frente ao palco, mas como havia telões espalhados em toda a orla, do Leme ao Forte de Copacabana, as informações que tenho são de que havia de 700 mil a um milhão de pessoas na orla. Esses números são fantásticos em relação a um artista brasileiro, e não podemos esquecer que o show foi transmitido ao vivo pela TV Globo”.

Antes das perguntas dos jornalistas, Roberto Carlos recebeu um prêmio da Credicard e do Citi, um disco dourado, que foi chamado pelos executivos de “um milhão de cartões amigos da Credicard”.
Depois, Roberto Carlos respondeu as perguntas dos jornalistas sobre a nova parceria com o cartão de crédito, e também sobre outros assuntos de sua dia a dia.

* Você fez uma parceria de dez anos com a Credicard, isto é, ela vai até os seus 80 anos. Isso significa que você já está pensando em sua aposentadoria?
"RC" - Eu não cheguei a pensar nisso, que daqui a dez anos, no final da parceria, eu vou estar perto dos 80 anos. Não tem nada a ver com idade ou aposentadoria, como eu já disse, é uma honra essa confiança de dez anos, só me prestigia. Até porque eu não penso em aposentadoria, porque vou continuar trabalhando, eu vou continuar cantando até quando Ele (Deus) quiser.
* Como é a sua participação nessa parceria com a Credicard?
"RC" - Eu ganho em credibilidade e acho que as pessoas vão passar a me ver de uma forma até mais séria. Agora, sobre números é com o Dody.

* Você já vendeu 120 milhões de discos, é o cantor latino-americano que vendeu mais discos que os Beatles e os Rolling Stones, leva quase um milhão de pessoas a Copacabana e agora tem sua imagem vinculada a um cartão de crédito. O que é que está faltando?
"RC" - Falta continuar seguindo, fazendo o que eu faço, fazendo as canções de amor que faço e que gosto de cantar, buscando sempre falar do amor da forma mais bonita. Tudo isso me dá muito prazer, mas eu ainda quero fazer muito mais, realizar muito mais, principalmente, no meu ofício e no tema do amor.

* As pessoas ficaram bastante preocupadas com a sua saúde depois que você fez o Especial da Globo sentado, com dores no joelho. O que aconteceu e como está sua saúde?
"RC" - É bom esclarecer o que houve. Eu não caí da motocicleta como foi divulgado. Há cerca de um ano eu tenho um triciclo. Três dias antes do Especial, eu estava andando no triciclo e quando desci eu pisei de mau jeito, até porque o terreno é irregular, e pincei o nervo ciático. Não foi a primeira vez que isso aconteceu, só que dessa vez afetou o joelho.

* Como foi o seu tratamento para o show, você tomou algum analgésico?
"RC" - Um não, muitos. Foram quilos de analgésicos! Fiz sessões de fisioterapia intensiva para fazer o show, agora vou continuar a fisioterapia, mas não tão intensiva como estava fazendo.

* Esse problema do joelho prejudicará o seu desfile na Beija-Flor, você vai desfilar em pé ou sentado?
"RC" - Sentado, o que é isso? Vou desfilar em pé e sambando, ou melhor me sacudindo porque não sei sambar direito. Até o carnaval eu espero que esteja bom, até porque tem o navio antes. Estou fazendo fisioterapia, tomando remédios, e se Deus quiser eu estarei recuperado até lá.

* E o disco de inéditas, sai no ano que vem?
"RC" - Há muito tempo que estou querendo lançar esse disco. A maior parte das músicas já está pronta, falta terminar umas duas ou três. Já tinha pensado em fazê-lo no ano passado, depois passou para este ano, mas são muitos os compromissos e ele vai sendo adiado. Espero que seja lançado em 2011. Sei que estou ficando cada vez mais detalhista, exigente, e por isso quero deixar bem claro que só irei lançar este CD se ele ficar do jeito que eu quero, sem pressão. Além desse disco, eu pretendo também lançar no ano que vem um CD em espanhol, com versões das minhas músicas, que começo a fazer em janeiro.

* Existe mesmo o projeto de um show com Stevie Wonder, como foi divulgado?
Dody: Nós já recebemos alguns convites e sugestões de Roberto Carlos se apresentar com outros artistas. Já falaram do Andréa Bocceli e Paul Mc-Cartney, agora a imprensa fala do Stevie Wonder. São apenas especulações, não há nada concreto nessa notícia.

* No início do seu show em Copacabana, percebemos que você entrou no palco bastante emocionado, e chegou a chorar antes de cantar “Emoções”. Aquele choro foi de emoção ou de dor no joelho?
"RC" - Foi de emoção, de muita emoção! Foi uma coisa linda entrar no palco, ver aquela multidão de gente e cantar na praia de Copacabana. Meu sonho de menino era morar em Copacabana, e cheguei a morar um tempo no bairro. Copacabana é o máximo, a praia mais linda e mais famosa do mundo.

* Como anda o coração do Roberto? Já estão falando de um romance com Paula Fernandes. É verdade?
"RC" - Não, não é verdade, são boatos. A Paula tem um super-talento, é uma mulher muito bonita, mas não existe nada além de uma amizade que começou no projeto “Emoções sertanejas”. Eu não a conhecia antes. Não existe nada além disso, mas também não nego que é uma mulher maravilhosa.

* Mas você namoraria a Paula?
"RC" - Quem não?

* E a Raísa, rainha da bateria da Beija-Flor? Existe alguma coisa, já que no ano passado houve um comentário sobre um possível romance entre vocês?
"RC" - Fico feliz e percebo que ‘estou bem na foto’. Mas também tudo não passa de boato. Ela é uma menina linda, maravilhosa, uma artista fantástica naquilo que faz.

* Você pensa em autorizar uma adaptação de sua vida para a televisão ou cinema? E se autorizar, qual o veículo que mais lhe agrada?
"RC" - É uma coisa que eu penso, já recebi algumas propostas, e acho que algum dia isso pode acontecer. Entre os dois veículos, eu prefiro o cinema.

* No ano que vem o seu primeiro LP, “Louco por você”, estará completando 50 anos. Existe alguma possibilidade de você relançar esse disco?
"RC" - Eu às vezes penso nisso, mas o problema do “Louco por você” é a qualidade do disco. Ele foi gravado em três canais, e hoje a gente trabalha com uma infinidade de canais. Eu não sei se há condições de melhorar a qualidade para competir no mercado com o som que existe hoje em dia. Essa é a minha preocupação. Se ele for lançado vai ter que ser com uma qualidade de som muito melhor do que a original, eu não sei se há condições técnicas para isso. Fazer remasterização para colocá-lo no mercado é muito pouco, teria que se fazer um trabalho bem maior, bem mais sofisticado.

* É verdade que você vai lançar um livro de fotos que custará R$ 6 mil?
"RC" - Esse livro realmente está sendo feito, vai ser lançado, mas não é um lançamento para agora. Eu já recebi um ensaio de várias fotos, mas ainda tenho que aprová-las.

* Você já foi enredo de uma escola de samba, da Unidos do Cabuçu, em 1987, e depois de 23 anos volta a ser enredo agora da Beija-Flor. A emoção é a mesma ou você está mais nervoso?
"RC" - O nervosismo aumenta cada vez mais, a emoção é cada vez maior. A homenagem da Cabuçu foi maravilhosa, fantástica, mas a emoção é maior porque a Beija-Flor é minha escola do coração, e pelo que estou acompanhando e por aquilo que as pessoas estão me contando o desfile vai ser muito bonito. Vai ser difícil conter as lágrimas, mas eu vou fazer um esforço para isso. Certamente vai ser uma das maiores consagrações da minha vida.

* Você proibiu o lançamento do livro “Roberto Carlos em detalhes no Brasil”, mas você sabia que ele está sendo comercializado em Portugal?
"RC" - Eu não desisti na briga, eu não aprovo o livro e nunca aprovei, mas eu não sabia dessa informação. Eu peço que o Dody também fale sobre esse assunto.

Dody: Para mim isso também é novidade, mas a nossa instância é a justiça brasileira. Eu não tinha conhecimento dessa informação, e certamente vamos tomar as devidas providências.

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