Não há sombra de dúvida: Ele é o artista mais querido. Por mais um ano o show “Amor” rodou o Brasil, sem parar, e quando volta ao Rio é como se fosse a primeira vez. Sabemos que o roteiro mudou pouco. Sabemos que é uma produção caríssima que precisa ser mostrada a todos os brasileiros, voltar às mesmas cidades. Na verdade queríamos poder ver Roberto Carlos todos os dias, repetindo ou não o show, usando ou não a mesma roupa. Até é bom lembrar que ele está lindo nesse show. Já disseram que parece o “pequeno príncipe” criado por Exupéry. Para nós, mais que príncipe, é o nosso Rei. Foi num clima de muita expectativa, de contagem regressiva, que vivemos os dias que antecederam a estreia da temporada de Roberto Carlos no Metropolitan,no dia 14 de maio. Uma alegria a mais: Roberto falou ao vivo à Rádio 98 FM. Paulinho Autonian, escolhido para entrevistá-lo, explodia de emoção e deixou passar no ar que aquele era um momento especial para um profissional que, antes de tudo, é fã de Roberto Carlos.
* PA - Roberto, 38 anos fazendo sucesso, são 39 discos. Todas as suas músicas tocam o sentimento das pessoas. É muita experiência, dedicação, ternura.
É difícil definir Roberto Carlos. Antes de mais nada, boa noite para você. É um prazer, uma honra estar aqui com você nesta noite de estreia de mais
uma temporada. Boa noite, Roberto. "RC" – Boa noite, Paulinho, boa noite Fernando (nr: F. Borges, operador da rádio), boa noite amigos da 98. É um prazer para mim estar aqui com vocês e poder bater este papo aqui. Vamos lá. Estou contente. * PA - Roberto, como se define essa sua experiência de vida que, junto com Erasmo, consegue falar tão bem ao coração das pessoas com estas músicas que vocês compõem? Você lê muito? Que referência define melhor tanta habilidade na composição de suas músicas com Erasmo? "RC" – Não, leio muito pouco, muito pouco mesmo. Eu leio jornais, alguma coisa assim, revistas... Mas não sou muito de ler, não. Sou muito de observar as pessoas, ouvir muito o que as pessoas falam, as histórias que contam. Mesmo as pessoas que estão ao meu redor, que trabalham comigo, aquelas a quem sou apresentado e falam alguma coisa. Enfim, tudo isso a gente vai observando e guardando. Eu digo sempre que a minha musa inspiradora é a própria vida. Porque a vida tem todas as histórias de que a gente precisa para fazer uma canção. Erasmo também é assim, muito observador. * PA - É tanta habilidade que a gente começa a querer entender. "RC" – Também tem muito de trabalho. A experiência é tudo mas também há trabalho. A gente tem muita paciência. Quando se quer dizer uma coisa e está difícil achar a frase certa, a gente insiste. Às vezes a gente vira uma noite inteira buscando uma frase. Mas essas coisas todas vêm, em primeiríssimo lugar, de Deus. É Ele quem dá tudo isso para a gente. Aí fazemos a nossa parte, que é trabalhar um pouco. * PA - “Detalhes”, “Outra vez”, “O côncavo e o convexo”, “Cavalgada”, “O portão”, “Proposta”, “Nossa canção”, “Café da manhã” são as mais pedidas no “Café da manhã”, de 5h às 6h, um programa que faço exclusivamente para você e para seus fãs. São também as suas preferidas? "RC" – São as minhas preferidas, sim. São algumas delas. De um modo geral; tenho outras também. Eu gosto muito das mensagens. Principalmente recentemente tenho me empenhado nelas e, enfim, elas têm sido as minhas canções preferidas. Agora, eu gosto muito de “Mulher de 40”, que é uma das canções mais recentes que eu fiz. Também gosto muito de outra recente, “O terço”. * PA - Muitos ouvintes querem saber se você vai fazer um show no Aterro do Flamengo, na vinda do Papa ao Rio de Janeiro. Eu já soube que você cantaria “Nossa Senhora”. Você pode confirmar isso agora? "RC" – Olha, só não está ainda definido se eu vou cantar no Maracanã, numa grande festa que haverá lá pela vinda do Papa, com a presença de Sua Santidade, ou se vou cantar na missa campal do Aterro do Flamengo. Só essas coisas é que ainda não estão definidas. Mas me parece que eu vou cantar, sim. Vou ter essa alegria, essa honra, a bênção de cantar para o Papa. * PA - Todos vamos ter essa honra de ver e ouvir você cantando para o Papa e para todo o povo do Rio de Janeiro e do Brasil. Bom, você falou das músicas religiosas e de religiosidade. Todos os dias no final do programa “Café da manhã”, às 7h55, essas músicas que falam da religiosidade são levadas ao seu público. Você tem alguma mensagem para passar para os nossos ouvintes, algo que possa dizer hoje e que a gente possa guardar para sempre na 98 FM? "RC" – São muitas as coisas que a gente poderia dizer mas vou preferir falar do que já está dito na canção “Quando eu quero falar com Deus”. Ali eu lembro que Deus diz que o melhor caminho para se chegar a Ele é seguir Jesus. Então é isso, o que eu tenho a dizer: seguindo Jesus a gente chega a Deus, e, realmente, uma coisa que deve ser ouvida com muita atenção. O caminho da vida está ali. É uma coisa que sempre vai nos dar muita força. E quero dizer, também, que acho a oração importantíssima. Ela é o alimento da alma. * PA - Vamos falar um pouquinho do show para que possamos deixar você ir para o camarim se preparar. Você vai apresentar novidades hoje? "RC" – Esse show já existe há um ano e pouco. Logicamente algumas coisas aconteceram e algumas canções foram substituídas. Essas substituições são sempre visando o melhor. Do novo disco eu canto “Mulher de 40” e “Tem coisas que a gente não tira do coração”. Toda vez que tiro uma canção, como “Emoções”, no final do show sempre alguém pergunta porque não a cantei. Quando comecei esse show “Emoções” não estava no roteiro. Tanto reclamaram que acabei incluindo no show. A ideia é sempre manter aquilo que o público quer ouvir e mostrar algumas outras coisas, algumas musicas novas. Algumas são músicas que as pessoas não esperavam ouvir, ou porque são muito antigas ou muito novas. * PA - Será que a gente pode dizer que o melhor título para todos os seus shows seria “Amor”? "RC" – É o título que você gosta mais? Há alguns títulos que gosto muito. “Emoções” é um deles. Também o do meu primeiro show produzido, que fiz no Canecão, “a 300 quilômetros por hora”, não é isso? A 200? Gosto muito desse título, “Roberto Carlos a 200 quilômetros por hora”. Depois também gosto muito de “Detalhes”. Tem um show de que gosto muito do título, também. É “Luz”. E agora o “Amor”. Vamos ver o que é que vem no próximo. * PA - Bom, Roberto, eu quero lhe agradecer sua simpatia, seu carinho por todos nós da Rádio 98, por termos podido estar aqui com você e assistir ao seu show daqui a pouco. "RC" – Quem tem que agradecer sou eu. Agradeço aos amigos e aos ouvintes da 98 FM, a você, Paulinho, a você, Fernando. Enfim, agradeço a todos que têm me dado carinho e aberto espaço para mim. Muito obrigado por tudo isso, e que Deus proteja e abençoe a vocês todos. "justify"> |