Hoje nosso papo está mais firme do que nunca, pois nosso papo é com Roberto Carlos. Uma fita–DAT distribuída pela Sony Music às rádios de todo o país serviu de base para o nosso trabalho. Partindo das respostas gravadas, de Roberto Carlos, formulamos as perguntas que abrangem assuntos como: seu disco mais recente, seus planos, viagens e emoções. Falando de Deus e de sua fé Roberto mostra-se um católico fervoroso. Com vocês, ele, Roberto Carlos, o retrato-vivo do Amor.
* Roberto, iniciando essa nossa conversa, queremos lhe dar os parabéns pelo seu aniversário. Apesar de já haver passado algum tempo, seu aniversário
se renova a cada dia. Como você passou o dia 19 de abril? "RC" – Muito obrigado. Fico contente de ter de você essa demonstração de amor. Obrigado. Quero dizer que realmente recebi muitas homenagens, muitas demonstrações de muito amor. Eu fiquei realmente muito contente e muito agradecido a Deus por tudo isso, mais uma vez. * Como se sentiu passando seu aniversário em sua cidade natal, fazendo um show beneficente em Cachoeiro? Foi uma emoção diferente? "RC" – Senti uma emoção muito grande. Eu já senti muitas emoções, mas lá em Cachoeiro eu tive emoções muito especiais. Naquele dia foi algo muito especial mesmo, porque eu gosto de festejar o meu aniversário fazendo um show normalmente. Eu gosto de estar no palco. E tem sido sempre muito bonito, com muita emoção. Mas o fato de estar em Cachoeiro, a terra onde nasci e vivi, enfim, é um pouco diferente. Essa emoção tem algo de especial, de uma coisa que eu não sei explicar. Foi muito bonito, uma coisa muito boa. Eu já tinha pensado em fazer o show de aniversário em Cachoeiro. Este ano deu para fazer. Foi ótimo, maravilhoso! * Há pouco tempo você passou mais de um mês fora de casa, excursionando pelo sul e interior de São Paulo, fazendo shows. Isso não cansa? Como você se sente no meio de tantos compromissos profissionais? "RC" – Foi muito bom, graças a Deus, muito bom. Eu estou feliz com tudo o que tem acontecido. Tenho viajado muito, trabalhado muito. Eu gosto de trabalhar e quando estou trabalhando eu não sinto o cansaço do trabalho. Eu posso, às vezes, ficar cansado de pensar em alguma coisa que eu quero fazer, alguma coisa que quero mexer no show... Enfim essas coisas podem me cansar, mas o cansaço de subir ao palco, cantar, fazer o show em si, não, esse cansaço eu não tenho. Graças a Deus é um prazer tão grande, uma alegria, é uma coisa tão gostosa que não me cansa. Eu não fico cansado de fazer show; eu fico cansado, às vezes, com outras coisas, preocupações sobre como eu fazer as coisas de um determinado jeito, como deve ser feito isso ou aquilo. Essas coisas... Às vezes a gente se cansa. Mas o show em si, não, é uma coisa muito boa e não cansa. * Você considera a música o grande presente que Deus lhe deu? "RC" – Bom, eu tenho certeza de que tudo que eu tenho feito é um presente de Deus. Fazer música e estar neste tipo de trabalho é um presente de Deus. Realmente. Eu digo sempre que trabalhar nisso, com música, com arte de um modo geral é algo maravilhoso. Eu acho que, acho não, tenho certeza de que essa minha escolha foi uma coisa natural, já é parte disso tudo que Deus me deu. Escolher cantar esse tipo de música, fazer esse tipo de música... Eu acho que foi Deus que me indicou isso. Acho não; tenho certeza. Em tudo tem que existir amor. Tudo que a gente faz tem que fazer com amor. Com amor mesmo, se dedicar aquilo que faz com vontade, com alegria, com prazer de fazer de querer fazer sempre bem feito. Acreditar no que faz, entende? E uma coisa muito importante: honestidade naquilo que faz. A gente tem que ser muito honesto naquilo que faz. A gente tem que saber, realmente, que está fazendo uma coisa que gosta e que acha, realmente, bom. Isso é muito importante, em qualquer trabalho. * Você chega a parar para pensar no que faz, na alegria que dá aos fãs? "RC" – De vez em quando eu paro para analisar mas não vivo, realmente, pensando no porquê. Eu faço as coisas com a inspiração que tenho, com aquilo que vem. Mas a gente volta sempre à mesma resposta. Eu não fico analisando porque sei que isso é uma coisa que Deus tem me dado. Não fico analisando como faço isso, como faço aquilo. Eu fico agradecendo, agradecendo a Deus por tudo, porque realmente eu não tenho uma explicação para isso, não tenho explicação. Então, eu agradeço a Deus por fazer assim, de ser assim. Agradeço muito a todo instante. * Vamos falar um pouquinho de seu disco mais recente. Como foi a ideia de fazer a música “Alô”? "RC" – É uma música que eu já pensava em fazer com esse tema do telefone. Há muito tempo eu fiz uma canção chamada “Eu te amo, te amo, te amo”, que também era um papo por telefone. Depois fiquei com vontade de fazer essa música falando alô. Porque é uma história que realmente acontece. A pessoa às vezes está só, sente falta de alguém, se sente muito só e gostaria principalmente de ouvir alguém que ela sabe que tem amor por ela. Então liga para essa pessoa que, por sua vez, ainda tem muito amor por ela. É o que vem na música: fala de amor diz coisas e passa aquela sensação de solidão. E os telefonemas já não são tantos, como digo na música, “me fala de amor e essas coisas acabam nas semanas que você me esquece”. Eu e Erasmo nos encontramos, conversamos e trabalhamos, fomos fazendo e ficou “Alô”. O que você quer de mim? Você quer me ouvir, você quer voltar, você quer só falar? Diz, porque, poxa, toda hora, volta-e-meia você faz isso! A música caminha por aí. * Por que nesse disco você resolveu homenagear os taxistas? "RC" – Quando eu fiz o “Caminhoneiro” logo em seguida tive vontade de fazer uma música para os taxistas. Depois acabei fazendo “O velho caminhoneiro” antes de fazer “O taxista”. Mas sempre com vontade de fazer uma música com esse tema. No ano retrasado pensei em gravar uma versão de uma música que fala do taxista, uma música venezuelana. Mas não era exatamente aquilo de falar realmente deles da forma que falei nessa música, como falamos. Quando digo falei na música é Erasmo e eu. Essa música tem me dado muita alegria, porque quando terminamos eu li uma reportagem na revista “Veja”, de um repórter que viveu como taxista e fala na reportagem de coisas que eu tinha dito na música, que nós tínhamos dito na música. E disse: “caramba, acho que a gente fez direitinho, entende?” É engraçado, a gente não fez muita pesquisa. Erasmo tem um amigo que é taxista e que deu algumas dicas para ele de algumas coisas, mas a parte, vamos dizer, humana do taxista, acho que foi uma análise nossa, uma observação nossa do taxista, do ponto de vista do trabalho dele. Enfim, da vida que ele leva e colocando sempre uma coisa que eu acho importantíssima, não deixando de falar do herói que é o taxista. Ele realmente faz um trabalho difícil, um trabalho delicado. É realmente um herói. Faz esse tipo de trabalho e a gente às vezes não sabe o que uma pessoa no volante está sentindo. A gente não sabe como é que está o coração, a cabeça dele naquele dia, e é importante que a gente pense nessas coisas, que a gente não sabe o que o cara está sentindo. Então, é por isso que digo que é um trabalho difícil, e que os taxistas são realmente grandes heróis urbanos. Aproveito para mandar um grande abraço e o meu carinho grande pelos taxistas, pela classe toda, e o meu respeito pelo trabalho que eles fazem. O meu respeito por esse trabalho realmente importante na sociedade, que é o trabalho dos taxistas. E estendo também o trabalho de todos aqueles que dirigem por profissão. O meu abraço aos taxistas, aos caminhoneiros, aos motoristas de ônibus e profissionais. * Você gosta de dirigir? O que pensa quando está no volante? "RC" – Sim, me fascina, é uma coisa que eu gosto de fazer. Dirigir, eu acho uma coisa maravilhosa, e quando dirijo fico compenetrado. As pessoas até falam que quase não falo, porque presto atenção. Eu gosto tanto de dirigir que aquilo, para mim, é uma coisa que gosto de fazer com uma super-atenção mesmo. Às vezes eu falo pouco quando dirijo, é verdade. Fico muito ligado naquilo que estou fazendo e penso pouco em outras coisas. Isso é realmente bom, porque até dá um descanso para a cabeça. Ao invés de ficar pensando em outras coisas que tem para resolver... Não, deixa eu pensar nisso que estou fazendo, nesse prazer de dirigir, então deixa eu fazer direito. * Roberto, o que a gente tira de uma relação a dois que já acabou? Fica alguma coisa dessa união, algum carinho depois da separação? "RC" – Você já disse. É o que fica, uma relação sempre deixa muitas coisas. São momentos vividos juntos que, depois são lembrados, muitas vezes com saudade. São coisas que passam na vida da gente e que vivemos no amor. Ou demora muito para se esquecer ou não se esquece nunca. Mas é muito importante que a gente guarde sempre os bons momentos. Eu acho que é importante isso: guardar os bons momentos. Eu, por exemplo, tenho uma profissão que me favorece muito. Quando eu sinto alguma coisa, lembro alguma coisa, às vezes até de muito tempo passado, de repente faço uma música. Se aquilo foi meio tristinho, a gente faz uma musiquinha meio assim e tal; se foi alegrinho, a gente faz alguma coisa alegrinha, escreve alegrinho né? Enfim, conta de alguma forma aquilo que a gente se lembra. Há coisas que realmente ficam no coração da gente, principalmente quando se trata de amor e convivência a dois. * Será que as pessoas conseguem fazer diferença entre um antigo e um novo amor? "RC" – Em primeiro lugar, quando o coração se interessa por alguém eu não sei se ele pára e estabelece essa diferença entre a pessoa nova e a pessoa antiga, vamos dizer assim. Não, eu não acho que essa atração, identificação, chega a se preocupar com essa diferença. Pode até ser que pouco-a-pouco ele descubra isso. Mas é lógico que quando as pessoas vão se conhecendo, vão conhecendo as características de uma e da outra, e vão descobrindo coisas que gostam, as qualidades. Eu acho que primeiro ele não estabelece essa diferença, acho que ele ama e começa a se ligar muito nas qualidades. Algumas coisinhas que não agradam são relevadas quando a gente está apaixonado. Aí essas coisinhas que não agradam não têm sentido. Estamos tão ligados nas qualidades, nas coisas que a gente ama, nas pessoas que a gente deixa um pouco de lado, as coisas que a gente não gosta muito. * Você acredita que existe um novo amor para cada amor desfeito? "RC" – Eu acredito que existe sempre alguém para alguém, independente se essa pessoa vai ocupar o lugar de outra ou se vai preencher a falta de outra. Eu acho que sempre tem alguém para alguém, independente de qualquer situação. O coração pode amar muitas vezes, muitas vezes. É importante que a gente sempre esteja disposto a amar alguém, porque o amor é uma coisa muito boa. Logicamente há histórias de amor que às vezes não dão certo mas a gente tem que pensar diferente. Às vezes as pessoas dizem assim: “Ah, o amor não foi legal, porque acabou”. Não, não é que não foi legal porque acabou; foi muito legal enquanto durou, porque o amor tem sempre coisas muito boas, durante o tempo que as pessoas se amam. Uma vez encontrei com um amigo, que não vou dizer o nome por questão de ética, que tinha se separado depois de um casamento de oito anos. E eu disse: Poxa, bicho, que chato você ter se separado; vocês eram um casal tão legal, pareciam que se amavam tanto! É ruim isso, né? Ele falou: “É, Roberto, às vezes as pessoas chegam para mim e dizem que coisa horrível! Horrível, não; que coisa maravilhosa, pois consegui viver com ela oito anos e tive tantos momentos felizes, tantas coisas boas durante esses oito anos! Pena que acabou mas foi uma coisa maravilhosa que durou esse tempo todo”. É bom olhar e se ligar nas coisas boas e felizes vividas com alguém durante o tempo que aquele amor durou, que a união e a convivência duraram. * Por que você resolveu regravar “Custe o que custar”? "RC" – Em primeiro lugar, o Édson Ribeiro me mandou uma música que gostei, entende? Eu gostei, mas aí me lembrei que tinha gravado essa música havia muito tempo. Quase gravei a música nova mas pensei que deveria regravar “Custe o que custar” do Édson Ribeiro e do Hélio Justo, porque ela é muito bonita. Só tinha uma coisinha que já não penso hoje da mesma forma que pensava na época em que gravei pela primeira vez, que é o final. Então eu troquei, com autorização do Edinho, naturalmente. Troquei um pedacinho da frase por “somente em Deus enfim é que eu encontro a paz”. Somente em Deus eu encontro a paz... É, eu quis dizer isso. A música terminava de uma forma que eu não gostava muito. Aí eu pedi autorização aos autores... Mas é uma música de que eu gosto muito, é uma música que foi gravada há muito tempo e que continua atual. Depois de tanto tempo ela continua superatual nos dias de hoje. * Pensando em sua música “Quando a gente ama”, como é que você fica quando está amando? Tudo fica realmente mais bonito? "RC" – Ah, é tudo uma maravilha, não é? Quando a gente ama, como é que é, faz loucuras, não se toca, enfim, não se importa com nada. E é verdade, quando a gente ama, não vê os defeitos desse alguém que a gente quer. E isso é uma verdade. Estávamos falando disso agora há pouco. A gente não vê esses defeitos porque está muito ligado nas qualidades e não está preocupado em olhar os defeitos da pessoa que a gente ama. Isso é o amor não é? Isso é o amor. * Roberto, você já fez loucuras por amor? "RC" – Loucuras? Não sei se fiz muitas loucuras mas fiz tudo o que um homem apaixonado faz dentro das coisas normais do amor. Eu não sei se fiz loucuras, não, mas eu acho que todas as coisas que fiz foram boas. Bem, quando eu amo, amo muito apaixonadamente. Quando eu amo, amo sem me preocupar. O amor vem chegando, vai aumentando e vou vivendo esse amor, desfrutando dele. E não tenho essa preocupação de controlar meus sentimentos. * Por que um arranjo árabe para “Quero lhe falar do meu amor”? Fale um pouco dessa música. "RC" – A música eu comecei a fazer há uns dois anos; dois discos antes desse eu já tinha começado a cantarolar a frase “Quero lhe falar do meu amor”. Sempre sentia alguma coisa meio árabe no arranjo, enfim, cada vez mais. Nesse disco, essa música não estava pronta e o disco estava quase pronto. Pensei: vou fazer essa música, porque eu tenho cantarolado tanto ela... Então pensamos, pensamos e começamos a trabalhar na música. Tudo o que fizemos, Erasmo e eu, realmente fizemos pensando sempre que ela teria um arranjo com esses sons e essas coisas meio árabes. Estamos fazendo um vídeo-clipe dessa música e vamos fazer dentro de um ambiente de tendas árabes. Nesse estilo. * Mais uma vez você fala de Cristo no seu trabalho. Desde que criou a música “Jesus Cristo” você tem seguido essa linha. Em que você se baseou para escrever “Jesus Salvador”? "RC" – “Jesus Cristo” foi feita numa época em que havia um movimento muito grande falando de Jesus, um movimento até muito bonito. Todo mundo começou a falar de Jesus, de Cristo. Foi nessa época que fizeram as peças “Jesus Christ Superstar” e “Hair”. Então, eu sempre digo que, fazendo parte dessa multidão que queria falar de Jesus, fiz também, com Erasmo, essa canção, “Jesus Cristo”. Desde então me propus a colocar em todos os discos uma mensagem. Fizemos vários tipos de mensagem: “Amigo”, “O progresso”, mensagens ecológicas, “As baleias”, mas ultimamente estou muito ligado e tenho usado nesse tipo de música os temas religiosos, falando de Jesus e de Nossa Senhora. Fiz “Luz Divina” e logo depois “Nossa Senhora”. Agora fiz “Jesus Salvador”, que é uma música em que eu quis mostrar duas coisas: primeiro esse negócio de a gente colocar nossos problemas nas mãos de Jesus e ter fé, certeza de que a solução de Jesus será a melhor para a gente. Muitas vezes pedimos uma coisa que a gente pensa que é o certo e melhor. Mas o certo é o que Jesus dá para a gente. Então colocamos nossos problemas nas mãos de Jesus e dizemos “que seja feita a Vossa divina vontade”. Você pode ter certeza absoluta que a vontade de Deus, a vontade de Jesus será realmente o melhor para você. Essa música quer dizer isso. Quando eu digo “vem, deposita em minhas mãos todos os seus problemas, levanta esse olhar, não chore, não tema, não perca essa fé que você tem em mim”, isso é realmente entregar nas mãos de Jesus os problemas e deixar que Ele faça a Sua vontade. Mas não quer dizer que vamos ficar de braços cruzados, não... A gente vai tocar para resolver os problemas, acreditando com fé que Jesus vai dar a solução. A música tem outra parte que é: “Senhor, perdoai meus pecados, me aceita ao seu lado”, que é uma passagem da Bíblia. Quando uma mulher tocou no manto de Jesus, ela se curou do problema que tinha. Ela disse que no dia em que visse Jesus iria tocar no Seu manto e que tinha certeza de que seria curada. Quer dizer, é a força da fé em Jesus, em Deus. Então, quando eu falo nessa parte, eu pensei nessa passagem da Bíblia. É aquilo que a gente ouve e lê na Bíblia e que todo dia recitamos na Igreja: “Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada mas dizei uma palavra e serei salvo.” É assim na celebração da missa, mas cantando tive que me basear no que acho lindo, maravilhoso. Então fizemos: “Senhor, quem sou eu prá que entreis em minha morada, mas um fio de Sua luz numa telha quebrada ilumina uma vida prá sempre, Jesus”. Quer dizer, uma vida que é a vida de todo mundo, e vida de cada um, porque um fio de luz de Jesus realmente é o suficiente para iluminar não só a vida de cada um, mas todas as vidas. * Quais são os seus planos para o futuro? "RC" – Nós estamos fazendo um disco em espanhol, um disco novo, com clássicos em espanhol, que tem a produção do Bebu Silvetti, é um projeto da Sony que será lançado lá fora. Também estou escolhendo as músicas do próximo disco e daqui a pouco já vou começar a preparar o disco em português e compor para esse disco. Quer dizer, continuar compondo, porque a gente está sempre fazendo músicas mas tem hora que a gente pára e diz assim: Agora tem que realmente ver o que vou botar nesse disco, dessas músicas que já comecei. Então, aí, eu digo: Erasmo, vamos trabalhar! Daqui a pouco começo esse trabalho. Graças a Deus tenho muitos shows. Esses são os planos imediatos. No fim do ano, como sempre, um especial de televisão, e no ano que vem tenho programada uma excursão fora do Brasil, pela América Latina, México e mercado latino nos Estados Unidos. Não sei se vamos aproveitar para fazer Espanha, mas pode ser que sim. * Já que você faz tantos shows no Exterior, que história é essa de morar nos Estados Unidos? "RC" – Quero aproveitar para falar uma coisa: surgiu um papo aí que no ano que vem vou morar nos Estados Unidos. Isso não é verdade, não. Houve alguma confusão em alguma informação, porque não tenho a menor intenção e nenhum plano de morar nos Estados Unidos no ano que vem. E na verdade eu nunca fiquei um ano nos Estados Unidos. As minhas viagens para lá são de 15 ou 20 dias. Depois eu volto para fazer uma base de músicas, para mixar um disco em português ou em espanhol, mas são viagens de ida-e-volta. Eu fico normalmente o tempo que é preciso para fazer algum trabalho ou mesmo até aproveitar, às vezes, e descansar uma semana ou dias, como fiz há pouco tempo. Mas não tenho intenção e nenhum projeto de morar um ano fora do Brasil porque não é uma coisa que eu curta. Eu curto, mesmo, o Brasil e tenho dito em todas as oportunidades que quando mais eu conheço o Exterior, quanto mais a gente viaja, mais a gente sabe o país maravilhoso que tem, e eu, particularmente, só tenho vontade de ficar aqui. Eu amo o Brasil, amo ficar aqui. É claro que gosto de ir lá fazer o meu trabalho, até passear um pouco, mas eu amo esse país. * Qual o conselho que você daria para as pessoas seguirem os ensinamentos de Cristo? "RC" – Que é importante a gente olhar muito dentro da gente e ver se estamos fazendo as coisas direitinho, se realmente estamos amando o nosso próximo como a nós mesmos, se a gente está fazendo bem às pessoas. Em primeiro lugar se não estamos fazendo mal aos outros, que eu acho importantíssimo, e em seguida se estamos fazendo o bem, o que é melhor ainda. Que cada um olhe para dentro de si e faça uma análise de sua conduta diante dos ensinamentos de Deus através dos dez mandamentos. Essa coisa é muito importante, saber se estamos agindo dentro do que Jesus ensinou. E orar. A oração é muito importante porque fortalece o nosso espírito e nos dá força para seguir o caminho certo. Enfim, nos incentiva para esse amor ao próximo. A oração é uma coisa maravilhosa. Outro dia eu estava na missa e o padre disse que as pessoas deviam reservar pelo menos cinco minutos por dia para parar e pensar em Deus, fazer uma oração, elevar o pensamento ao alto, a Jesus, a Deus, a Nossa Senhora. Enfim, cinco minutinhos. A gente faz tantas coisas, arruma tempo para tantas coisas que às vezes esquecemos de Deus. São só cinco minutinhos. Isso e muito importante: reservar esse tempo para rezar, para ter uma conversa com Deus e aproveitar para fazer uma análise interior, como é que estamos agindo. E isso que eu sugiro: que as pessoas tirem cinco minutos de seus dias, façam uma oração, conversem um pouquinho com Jesus, com Nossa Senhora, com Deus, com os santos de devoção. Isso é muito bom, essa análise é importantíssima, é um alimento para a alma. * Roberto, muito obrigado pelo seu carinho e sua atenção. Gostaria que você se despedisse dos nossos leitores. "RC" – Eu falei tudo muito claro, falei tudo que realmente sinto em relação a esse disco, mas quero dizer que estou contente com esse disco, com o resultado dele, com a forma como as pessoas o receberam. Então o que tenho mesmo é que agradecer, agradecer por esse carinho, por esse amor, mais uma vez. Agradecer com alegria com amor a todos. Agradecer a Deus por tudo isso. Muito obrigado a você, muito carinho, um grande abraço para todos, com muito amor. Deus abençoe a todos. "justify"> |